E... o Alto Minho tão perto.

terça-feira, abril 27, 2010

Sobre o dinheiro...

Nos últimos dias muito se tem falado sobre esse "mafarrico" chamado dinheiro, em particular e incisivamente, com que alguns gestores (?) de empresas têm sido contemplados ( leia-se PT, EDP, AP, GALP, BPP, BCP,etc,etc,etc... em que os eteceteras são muitos mais).
Lapidário:
- O dinheiro é a chave que abre todas as portas ( Moliére)
- Tudo se consegue com dinheiro, actividade e tempo (Voltaire)
- O dinheiro é a possibilidade imediata do infinito ( Anatole France)
- O dinheiro é um mal em sí mesmo (Tolstoi)
- Não há fortaleza tão bem defendida que não seja possível conquistar com o dinheiro (Cicerón)
- Um louco pode fazer dinheiro, mas é preciso um sábio para o gastar ( Charles Spurgeon)
- O dinheiro é como um braço ou uma perna: ou se usa ou se perde (Henry Ford)
- Ter dinheiro é como ser loura; é mais divertido, mas não de importancia vital ( Mary Quant)
- Ninguém recordaria um bom samaritano se só tivesse tido boas intenções. Também tinha dinheiro (Margaret Thatcher)
- O dinheiro não pode tornar-nos felizes, mas é a única coisa que nos compensa por não o sermos ( Benavente)
- Algum dinheiro evita preocupações. Muito, atrai-as ( Confúcio)
- Todos os homens têm o seu preço ( Walpole )
- Para quem quiser ganhar muito dinheiro à velocidade do TGV em tempo de crise, só há uma via: ser gestor de certas empresas em Portugal ( ?????)

PS- sem inveja nem dores de cotovêlo.

segunda-feira, abril 19, 2010

Colorido de Primavera

As primeiras rosas.
As primeiras flores da Azálea
O amarelo das ... japónicas.
O branco das "andorinhas".
São estas algumas das cores do nosso jardim...
Tudo retoma vida!

segunda-feira, abril 12, 2010

Paisagem encoberta

Do nosso local da Casa do Cordão da Granja,  disfrutamos de bonitas paisagens, agradáveis até onde a vista alcança, do bucolismo próprio desta região do Alto Minho, com montanhas em fundo e o vale de Mentrestido em redor e até um considerável trecho da auto-estrada A3 (pertinho da saída para V.N.de Cerveira).

Ontem, pelas 8h e 59m, apesar de estar um sol radioso, o que é que se descortina ao fundo? -Fumo.
Não, também é paisagem, só que o fumo das fogueiras da limpesa dos campos não nos deixa encarar o dia com a mesma disposição com que ele nos brinda, de sol aberto e lindo...

quinta-feira, abril 08, 2010

O Folar da Páscoa

Dlim... dlim... dlim... dlim
Já se ouve lá ao fundo pelos quinteiros da Granja a sineta descompassada, manejada por mão pouco habituada ou menos hábil,a anunciar a visita pascal. Está um lindo dia de sol e pela falta de chapéu sou obrigado a colocar a mão em formato de pala para tentar descobrir a que distancia vem o cortejo com a cruz. De cá de cima  e em pé na calçada, ao portão de entrada, consigo visualizar os movimentos do juíz da cruz e dos acompanhantes, denunciados pelo esvoaçar das opas brancas e vermelhas que trazem vestidas.
Desvio o olhar ao ouvir: - Tenha santa Páscoa. Era o "Manel Galaró" em passo apressado levando na mão um folar de páscoa.

Esta ocasional circunstancia transportou-me para as reminiscências do passado... Os ovos, os folares, a regueifa, presentes tradicionais da Páscoa dos padrinhos aos afilhados,  agora substituídos por ovos de chocolate, amêndoas e por dinheiro...
Durante o Compasso ( ou seja, a visita do pároco )eram oferecidos ao padre  meia duzia ou uma duzia de ovos. Hoje, igualmente, esta oferta é substituída por dinheiro.
O folar representa ainda  o presente dos padrinhos aos afilhados, impondo-se como preceito irem estes recebê-lo a casa daqueles no Domingo de Páscoa. Todavia, a obrigação  cessa aquando do casamento desses mesmos afilhados.
Ainda vai permanecendo a tradição de colorir os ovos inteiros, cozendo-os,  utilizando a infusão com casca de cebola e a erva-moleirinha.
Dlim.... dlim... dlim... dlim...
Entretanto,  chegou o Compasso!

quinta-feira, abril 01, 2010

Dia dos enganos

Portagem na A28

Quando pela manhã me preparava para abrir a box do correio electrónico ainda não me tinha apercebido que hoje é 1 de Abril.
No topo das mensagens lá estava uma cujo título me despertou a curiosidade: -Governo recua e reanalisa a portagem na A28. Bem, era de facto uma boa notícia e enquanto clicava para abrir o resto, deu-me como que uma espécie de clique de incredulidade que me fez pensar: - Hum! Querias. Assim de repente? Isso era bom.
Então a mensagem lá desenvolvia a dita novidade com todo o ar de notícia jornalística fresca, difundida por porta-voz de governo, decisão essa a ser tomada durante o dia em reunião extraordinária de ministros sem férias.
Ora, aqui, na frase de "... ministros sem férias", percebi de imediato a brincadeira, pois de brincadeira se tratava, mas que teve a sua graça, lá isso teve. Nesta altura, já tão próximo da Páscoa não era de acreditar que os senhores ministros ainda estivessem com pachorra e, muito menos, preocupações desta natureza.
Era partida de Dia dos Enganos.
Isto fez-me lembrar outros tempos, tempos em que a rapaziada arranjava motivo em tudo para pregar a sua partidazita. Desde as moedas de escudo, ainda em alpaca, pregadas no chão dos passeios; os maços completos de cigarros, com pernas, puxados com fio de nylon quando algum distraído cidadão se baixava para apanhar; a carteira de bolso recheada, deixada propositadamente na guia do passeio entre dois carros estacionados; a pequena caixa em jeito de prendinha, devidamente acondicionada e embrulhada que se metia dentro do saco das compras, e tantas outras partidazitas... outros tempos, sim senhor, sem internet nem telemóvel.
Por certo todos nós teremos lembranças desses tempos, não é verdade?